14 abril 2010

Lá vai a lenda, plantar mais um pinhão?


Pois agora que os pinhões estão maduros e trilhas de roedores cruzam nosso caminho, lembrei da lenda. Como o Blog pode ser visto por ornitólogos, pesquisadores e curiosos, espero saber quem acredita ou não e porque.
Apesar de estar na lista de aves ameaçadas por tabela, por causa da extinção da Floresta de Araucária, já vimos gralha-azul na Ilha de Santa Catarina fuçando em lixo! Mas isso é coisa de urbe, aqui na Reserva nunca vimos a dita no chão. Fica difícil acreditar que enterre pinhões, como prega o povo. Agora, como dispersora, por transportar pinhão no bico de uma árvore à outra, é vero. Outra coisa: tem o hábito de armazenar sementes em epífitas e buracos nos troncos, o que já vimos resultar em curiosos bonsais.
Mas não e só de pinhão que vive nossa bela ave. Papa insetos, invertebrados, frutos, ovos e filhotes alheios, desde São Paulo ao Rio Grande do Sul, leste do Paraguai e nordeste da Argentina e no Paraná virou símbolo, por lei, desde 1984.
Forma bandos de 4 a 15 indivíduos com hierarquia e clãs, misturando adultos e filhotes de até duas gerações.
Realiza as suas atividades em grupo, como a busca de comida, limpeza da plumagem e reprodução. Bacana, hein?!
Todos auxiliam na alimentação dos filhotes, defesa do território e construção do ninho. Esse, muito bem escondido, fica no alto de árvores de grande porte, e na Floresta de Araucária, no topo de pinheiros jovens.
Depois dos papagaios, araras e periquitos, as gralhas são as mais inteligentes, refletindo assim em seu complexo e sofisticado comportamento. Seu repertório vocal, por exemplo, possui mais de quatorze sons diferentes.
Agora que você conhece um pouco mais esse corvídeo, se já viu algum enterrando pinhão, mande seu comentário e ajude a perpetuar a lenda.

Envie sua opinião pra mim, no email: riodasfurnas@gmail.com

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