18 abril 2013

Projeto Conheça Alfredo Wagner na Reserva Rio das Furnas

A tradicional foto do passeio, por Renato Rizzaro

Visita à Reserva Rio das Furnas (Carol Pereira)

No dia 15 de abril nosso destino foi a Reserva Rio das Furnas. A Reserva está inserida emum canyon no Alto da Boa Vista, em Alfredo Wagner. Faz parte do divisor de águas mais importante do estado de Santa Catarina, área de tangência entre as bacias dos rios Tijucas, Cubatão, Tubarão e Itajai-açu.
Fomos recebidos pelos proprietários da Reserva Particular do Patrimônio Natura (RPPN), Renato Rizzaro e Gabriela Giovanka. Nos sentimos como se estivéssemos em um refúgio, uma área em que a natureza se renova e nos mostra toda sua exuberância.
A Reserva fica na comunidade de São Leonardo. Fomos até lá detransporte escolar, generosamente cedido pela Secretaria Municipal de Educação, assim como em todas as outras viagens do projeto. Deixamos o veículo na ultima casa da comunidade e seguimos a pé. Foram 3km de uma extenuante caminhada em meio a uma mata que à medida que avançávamos podíamos perceber seu renascimento.

Renato nos encontrou logo na entrada da Reserva, andamos mais alguns metros e logo já avistamos a casa centenária. Construída a partir da madeira de três araucárias cortadas a mão e trazidas até o fundo da escarpa no lombo de mulas, a casa foi erguida por um dos antigos donos das terras, o senhor Orlando Althoff. Lá renovamos nossas energias com a água incrivelmente fresca da Reserva.

Tivemos uma proveitosa conversa com os proprietários que nos contaram um pouco sobre a paixão pela vida simples, o contato com a natureza e sobre suas continuas formações. Quando eles compraram a reserva, boa parte dela era pastagem para o gado. O trabalho de regeneração já dura 13 anos, tempo que o casal se dedica a Reserva, e, apesar de ser um tempo geológico relativamente pequeno, os sinais dessa maior atenção e desse maior cuidado dados à natureza já é visível.

Na local existem sete cachoeiras e 237 espécies de aves já identificadas, além de contar com diversas espécies de mamíferos já fotografados por um sistema de câmeras, que fotografa por meio de sensores de movimento. Entre os animais que já posaram para as fotos está até mesmo um Puma concolor. No relato sobre a viagem até a comunidade de São Leonardo falamos sobre os frequentes ataques que o rebanho de ovelhas da Fazenda São Leonardo sofria pelos pumas.

Gabriela nos alertou de que pumas, também conhecidos como leões-baios ou suçuaranas, necessitam de uma grande área para sobreviver. Os ataques acontecem devido a crescente destruição dos habitats e, consequentemente, da diminuição da disponibilidade de alimentos. É por isso que às vezes os pumas atacam pequenos animais domésticos como ovelhas e bezerros e, são frequentemente perseguidos por fazendeiros, situação essa em que o proprietário da Fazenda São Leonardo não se enquadra. Ainda assim é comum ouvirmos histórias e até mesmo vermos fotos de “leões” mortos por fazendeiros aqui em nosso município, principalmente na Serra da Santa Bárbara e na Região do Campo dos Padres.


Após a conversa fomos convidados para uma agradável caminhada pelo bosque, porém nosso tempo era demasiadamente curto e estávamos atrasados. Apesar disso ainda pudemos conhecer um pouco mais sobre a vegetação da Reserva. Vimos uma árvore de imbuia e Renato nos convidou a ficar em circulo, nos fazendo imaginar como aquela árvore se tornará imponente daqui a centenas de anos e isso nos faz refletir em como a natureza é algo tão forte e frágil ao mesmo tempo.

Na volta paramos em frente à casa para a nossa já tradicional foto do passeio. Os alunos estavam encantados, assim como os professores e não queriam vir embora, pediram para os professores para ficar e comer apenas o pequeno lanche que tinham levado, apenas para poder desfrutar por mais algum tempo daquele belo lugar, mas infelizmente tínhamos que voltar para a escola.

Antes de realizar o passeio tínhamos assistido o programa especial sobre a Reserva Ecológica Rio das Furnas do Terra da Gente e a frase que havia nos chamado atenção “Produzimos sombra e água fresca” se mostrou verdadeira.
Produzindo sombra e água fresca eles resgataram um verdadeiro paraíso dentro de nossa cidade, aquele é um lugar que é um retrato de nossa Alfredo Wagner; belas paisagens, relevo e biodiversidade riquíssimos...

12 abril 2013

Exposição e entrega de Posters das Aves da Floresta Atlântica em Biguaçu

Biguá (Phalacrocorax brasilianus)
Muita, mas muita gente, mesmo, fica absolutamente extasiada quando vê que o olho do Corvo-marinho tem a cor de jade. Mudam a expressão diante deste olhar brilhante de uma ave que, como tantas outras, cismam chamar de comum. A denominação de "comum", acaba por fazer com que não dêem muita bola para certas aves que parecem estar por tudo quanto é canto. Mas quando observam de perto, como é o caso de nosso Biguá, mudam de opinião rapidinho. Aconteceu no dia 20 de março de 2013, na Exposição Aves da Floresta Atlântica em Biguaçu. 

Várias pessoas comentaram e uma delas soltou a frase "Ah, se eu soubesse que o olho desse bicho era assim tão bonito...", outra: "Nunca imaginei que um Biguá tivesse um olho dessa cor...", e ainda mais: "Agora sim, posso dizer que conheci uma ave belíssima, que sempre esteve ao alcance do olhar, mas nunca tinha observado com tamanho detalhe."

Nossa ideia de distribuir os Posters de Aves da Floresta Atlântica, inicialmente em Santa Catarina, vem acontecendo pouco a pouco. Iniciamos este trabalho em 2005, na Reserva Rio das Furnas e logo expandimos para o município de Alfredo Wagner com uma exposição e a posterior distribuição dos Posters nas salas de aula das escolas básicas municipais.

Num segundo momento fizemos exposições em Blumenau, Rio do Sul e em Ituporanga, onde até hoje estão expostas 50 fotografias no Parque Ingo Altenburg, graças à parceria da Reserva Rio das Furnas com a FUCAS (Fundação de Assitência Social) e com o Ministério Público de Santa Catarina.

A ideia da Exposição e posteriormente de um material que pudesse ser utilizado pelos escolares de Biguaçu começou com o fotógrafo Henrique Azevedo, na época criador e presidente da FAMABI.
Sua equipe, principalmente Fabricio Almeida logo abraçou a ideia e, em meados de 2012 começou a sair do papel. No final do ano foi apresentada numa reunião do Rotary Clube de Biguaçu e seis empresários bancaram a ideia.

No dia 20 março 2013, lançamento oficial da Exposição das Aves da Floresta Atlântica e entrega dos posters aos professores, com a presença da sociedade de Biguaçu, as aves pousaram em uma nova casa e estarão em exposição, primeiramente no Casarão Born e logo em seguida na Secretaria de Educação. Depois, farão um passeio itinerante pelas escolas, onde já estarão fixados os posters de Aves da Floresta Atlântica em cada uma das 69 salas de aula do município.

A proposta da Reserva Rio das Furnas é que este projeto estenda-se, num primeiro momento, ao Estado de Santa Catarina e logo em seguida aos três estados do Sul do Brasil, para atingir finalmente todas as salas de aula do ensino básico de nosso país.

Painel de abertura da Exposição, Fernanda e Gabriela Giovanka. Foto Renato Rizzaro

Casarão Born abriga a Fundação Cultural e foi palco da Exposição de Aves em Biguaçu. Foto: Renato Rizzaro

Renato Rizzaro entrega o Poster para professora da Rede de Ensino de Biguaçu. Foto: Gabriela Giovanka

Entrevista com Henrique Azevedo e Renato Rizzaro para o Jornal de Biguaçu. Foto: Gabriela Giovanka

10 abril 2013

Produtores de Sombra e Água Fresca

Wilson, Rudimar Cipriani, Marcelino, Gabriela e Eduardo na Trilha do Puma. Foto: Renato Rizzaro

Em janeiro enviamos tantos News que resolvemos dar um tempo na sua caixa de emails fechando a fase Expedição Amazônia que tanto prazer e assunto rendeu. Agora, voltamos com novidades.


A primeira novidade: em fevereiro recebemos a visita da equipe da EPTV de Campinas, São Paulo. Uma dica do amigo Edson Endrigo para o Programa Terra da Gente que veio até Santa Catarina para filmar a Reserva Rio das Furnas, “um paraíso verde”. 

O pessoal foi dedicado, brincalhão e nos deixou à vontade, tanto que não demorou muito e já entramos no clima da reportagem. A edição ficou belíssima e emocionante.

O Programa pode ser visto clicando aqui: PARTE 1 - PARTE 2

A segunda novidade veio do ICMBio de Brasília: saiu a publicação no Diário Oficial que transformou toda nossa área em RPPN - Reserva Particular do Patrimônio Natural.

Em 2001, quando adquirimos esta área, constavam 28ha no documento. Com a elaboração do Plano de Manejo pela SPVS, em 2008, foi feito levantamento topográfico georreferenciado, obtendo-se uma nova medida, agora correta, de 53,5ha. 

A regularização demorou vários anos e também contou com a apoio de Sérgio Biasi, ex-prefeito de Alfredo Wagner, que gentilmente acompanhou todo o processo Cartorial.

Eduardo Lacerda, jornalista e produtor do Programa Terra da Gente, revelou a essência de nossas ações ao escrever: 

“Produzimos sombra e água fresca”, brincam os donos da Reserva. Benefícios que transcendem a distância, e também o tempo. A continuidade deste trabalho pode garantir que novos xaxins possam nascer e se tornar centenários. Que a Imbuia garanta sombra nos próximos séculos e que o exemplo de conservação possa sensibilizar um número incontável de gerações em benefício da Natureza.


O fogão ganhou takes por dentro e por fora e a comida ficou deliciosa. Foto: Renato Rizzaro
As filmagens foram iniciadas com um dia espetacular! Foto: Gabriela Giovanka

A Superzoom foi buscar aves a mais de 100 metros de distância! Todo mundo babando... Foto: Renato Rizzaro

Uma tropa afiada para captar um ninho de caranguejeiras na estrada de acesso. Foto: Renato Rizzaro


Centenas de filhotinhos na boca do ninho. Foto: Renato Rizzaro


Crianças fotografam o Matracão. Primeiro registro da espécie para Rudimar. Foto: Gabriela Giovanka


Acharam um "chapeuzinho" passeando pela Cerejeira. Foto: Renato Rizzaro


Edu fez altas filmagens com a pequena GOPro: piavas comendo ingá. Foto: Renato Rizzaro


08 abril 2013

Ferro-velho aumenta lista da Reserva para 237 espécies

Euphonia pectoralis foto de Fabricio de Almeida na Reserva Rio das Furnas
O ano começou com muitas e belas surpresas! Entre março e abril a Reserva Rio Das Furnas ganhou mais 43,5ha, transformando a totalidade da área de 53,5ha em RPPN; o Programa Terra da Gente foi até a Reserva e fez um programa magistral, poético e integral; o Fabricio Almeida junto com sua esposa Fernanda Muller aumentaram para 237 espécies de aves registradas na Reserva, com a Euphonia pectoralis (Ferro-velho, na foto acima); Mão-pelada registrado na Armadilha fotográfica e nossa ponte de 16 metros, que eu julgava estar caindo ainda tem algum tempo de vida, pois o eucalipto tem cerne e o brancal é que apodreceu. Dá tempo de pensar como substituir com alguns meses de folga. Ufa!

02 abril 2013

Programa Terra da Gente (Parte 2)

Baixe o Adobe Flash Player


O programa Terra da Gente é exibido pelas seguintes emissoras: EPTV (Campinas, Ribeirão Preto, São Carlos e Varginha-MG); TV Fronteira (Presidente Prudente); TV Diário (Mogi das Cruzes, SP); TV Centro América (Cuiabá, MT); TV Centro América Sul (Rondonópolis, MT); TV Centro América Norte (Sinop, MT); TV Terra (Tangará da Serra, MT); TV Morena (Campo Grande, MS); TV Sul América (Ponta Porã, MS); TV Cidade Branca (Corumbá, MS); TV Grande Rio (Petrolina, PE); TV Asa Branca (Caruaru, PE) e TV Tapajós (Santarém, PA). Sobre dias e horários, consultar a programação da emissora local.

O Terra da Gente é exibido também para todo o Brasil, aos domingos, às 7h, via antena parabólica (o canal Superstation da Globo) e para 116 países dos 5 continentes pelo Canal Internacional da Globo.

Programa Terra da Gente na Reserva Rio das Furnas (Parte 1)

Baixe o Adobe Flash Player


Lugares intocados no Sul do Brasil
Programa Terra da Gente desta semana vai à Santa Catarina e ao Rio Grande do Sul em busca de um paraíso verde

Um paraíso verde, morada das mais diversas espécies de bichos silvestres. É para esse refúgio, em Alfredo Wagner, interior de Santa Catarina, que o programa Terra da Gente leva os telespectadores neste sábado, 30. E o mais curioso desse lugar é que ele só ficou assim graças à paixão de um casal em preservar a natureza. Um cantinho particular, que é cuidado simplesmente para proteger a mata. Há dez anos eles se mudaram para a floresta. Na casa onde vivem, tudo é feito para conservar o meio ambiente. Em volta do terreno, pastagens inteiras foram transformadas em áreas rodeadas de vida, onde poucos humanos têm autorização de entrar. Caminhar na mata é um presente.

Morada no meio da mata


Um riozinho tranquilo corta Alfredo Wagner, no interior de Santa Catarina, primeiro destino da viagem do TG desta semana. Logo na entrada da cidade, o portal indica o motivo para a visita: "Capital das Nascentes". O lugar que a equipe quer conhecer fica na zona rural. Mas ao contrário da maioria das propriedades, dedicada à agricultura ou à pecuária, lá só se produz uma coisa: natureza. Trata-se da Reserva Rio das Furnas. Boa parte das águas que banham a cidade vem de lá.

A dificuldade de acesso já demonstra que a área tem uma vocação explicita, a de renovar continuamente a natureza. Cada árvore é muito preciosa. Na serra brotam três importantes rios catarinenses: o Cubatão, o Tubarão e o Itajaí. Na estrada logo vê-se que pouca gente passa por ali. É preciso trocar de carro para seguir viagem. O caminho parece um filtro, que faz deixar para trás toda a rotina da cidade, até que se chega ao paraíso.

O destino final é uma casa, aconchegante, decorada com coisas simples, e que mantém a tranquilidade do ambiente que a cerca. Nela, há 10 anos, vive o casal Renato Rizzaro e Gabriela Giovanka, que optou em montar uma reserva particular para morar. E tudo por lá reflete essa preocupação. Antes de cozinhar, por exemplo, um passeio pelo quintal garante a lenha. Ela é retirada da exótica plátano, árvore trazida pelo antigo proprietário do lugar. Tudo para não mexer no ambiente natural da reserva. "Cada galho seco no chão faz parte do ciclo da vida, precisa apodrecer no chão para que ciclo seja completo", explicam os donos do lugar.


Assim como um fogão a lenha, lentamente, cria sabores refinados, o cuidado paciente e contínuo tem ressaltado a beleza do lugar. Há alguns anos, parte da Reserva Rio das Furnas era pasto. Ao redor da casa, tudo era pisoteado pelo gado. Mas hoje, 100% do antigo pasto está em avançado processo de recuperação. No início deste processo 2 mil árvores foram plantadas e muitas vingaram. E a própria floresta também reage aos poucos. As araucárias nascem com facilidade até mesmo nas trilhas. E, aos poucos, os bichos também respondem a este cuidado. A prova disso tem sido registrada por câmeras que fotografam sozinhas quando os bichos passam. Tudo foi instalado com ajuda de uma ONG que pesquisa a vida selvagem.

As caminhadas pela reserva sempre são premiadas com cenários ricos em água. Muitos dos caminhos levam às belas cachoeiras que estão nas cabeceiras do rio. São sete quedas d'água, como a dos Três Saltos, que virou símbolo da reserva. Ou então a Cachoeira dos Andorinhões. Nela a água despenca por 100 metros, até alcançar o chão abaixo das furnas, que é o nome dessas lages de rocha aparentes nas montanhas. Até as pedras têm um ambiente especial.

Seguindo a água, surge uma piscina convidativa para um mergulho. E o ingazeiro, que cresce às margens, ajuda a conhecer um pouco mais da vida deste lugar. Os frutos atraem dezenas de piabinhas. Depois de pegar confiança elas vêm comer na mão e cercam os visitantes por todos os lados.


A Reserva Rio das Furnas ocupa o cânion logo na cabeceira. São 53 hectares. Ou melhor, mais de 5 bilhões de cm² . E cada mínimo espaço é repleto de vida. O pequeno ninho de caranguejeiras pode provocar medo em algumas pessoas. Mas muitas delas, provavelmente, vão servir de proteína para as aves. Lagartas também inspiram cuidado, mas vistas em detalhes, esbanjam beleza.

E em uma cerejeira, um falso espinho esconde um inseto bem curioso. Debaixo da proteção, que parece um chápeu de duende, o bicho sereia se alimenta da árvore. No mesmo ambiente, xaxins gigantes revelam o grau de preservação do lugar. Eles crescem de 3 a 5 centímetros por ano. Com esse indicativo é possível afirmar que no ponto onde está a equipe do TG há plantas centenárias.

Horas de caminhada


Trilhas bem definidas e com vegetação. Isso significa que pouca gente passa pela Reserva Rio das Furnas. A visitação é restrita a pesquisadores, como o fotógrafo Rudimar Narciso Cipriani, que acompanha a equipe do TG. Ele já fotografou quase 400 espécies diferentes e busca lugares assim para encontrar novidades. A primeira que encontra é muito comum na região: a gralha-azul, uma ave que ajuda a dispersar as sementes da araucária. Elas são muito ariscas, percebem a presença dos visitantes há dezenas de metros e se afastam. O pica-pau-anão-barrado não para. Busca comida por todos os lados de um pequeno galho. Em uma clareira, um canto diferente, e o fotógrafo Cipriani já seleciona a voz da ave no aparelho de playback. É o matracão, que vem curioso, mas mesmo assim, se esconde entre os galhos, abusando de sua camuflagem rajada. O encontro é muito especial, já que o fotógrafo ainda não tinha o registro dessa ave.


O lugar é fantástico para descobrir novas espécies. Renato Rizzaro, dono da reserva, também é fotógrafo. Ele diz que em sua propriedade é possível encontrar quase 40% de todas as espécies encontradas em Santa Catarina. Há 12 anos morando na região, ele já conseguiu registros fantásticos.

Rizzaro e sua mulher, Gabriela Giovanka, fazem questão de aproveitar tudo o que existe na mata para a educação ambiental. As fotos dos pássaros motivam atividades em escolas. Da reserva ninguém leva nada, mas o que se produz ali pode ter influência também na vida de quem mora longe deste lugar. "Produzimos sombra e água fresca", brincam os donos da reserva. Benefícios que transcendem a distância, e também o tempo. A continuidade deste trabalho pode garantir que novos xaxins possam nascer e se tornar centenários. Que a imbuia garanta sombra nos próximos séculos e que o exemplo de conservação possa sensibilizar um número incontável de gerações em benefício da natureza.