Cobra d´água na mão da bióloga Elaine/USP |
Philodrias Arnaldoii moradora do forro de nossa casa na Reserva |
Se matar é a primeira coisa que passa pela cabeça ao ver estas fotos, então este texto deve ser lido com atenção.
Algumas pessoas mudaram a forma de ver estes bichinhos, na região da Reserva Rio das Furnas. Bom, começa que toda serpente possui bactérias que podem agir numa mordida, como nos deixou bem claro Tobias Kunz, biólogo que desenvolveu seu TCC na Reserva.
O medo é o grande problema, a falta de conhecimento e muitos mitos, a começar pela cobra da Eva que povoa a imaginação dos cristãos de nossa terra.
Em mais de dez anos na Reserva, algumas serpentes foram mortas, no começo indevidamente, porém não precisaria
Elas mantem ratos, pererecas, sapos, baratas e outros animaizinhos sob controle, e as vezes até os visitantes indesejados, quando o recanto é conhecido como local de reprodução e preservação de serpentes.
Acontece que existe um ponto de equilibrio nesta história quando lagartos, gaviões e corujas entram em cena como controladores de serpentes, então conseguimos enxergar um universo menos conturbado, mais fluido e com menos interferência negativa, creio.
Do Tobias recebemos este email:
"São muito parecidas mesmo essas duas espécies, mas está certo. Só que apesar de que algumas espécies do genero Philodryas tenham um veneno fraco (provavelmente todas tenham), não existe nenhum relato de envenenamento pela P. arnaldoi e como informação para um publico leigo eu acho apropriado continuar tratando apenas viperideos (jararacas, cascavel, etc) e elapideos (corais) como venenosas.
Eu aconselho que vc corrija a informação sobre a arnaldoi para não venenosa... até por que já fui mordido duas vezes pela Philodryas olfersi, que é a espécie do genero que tem sido considerada venenosa, sem nenhuma consequencia.
Se começarmos a tratar cada espécie que tenha um minimo de toxina na saliva como venenosa vamos acabar incentivando ainda mais a matança..."
Segui o teu conselho, Tobias.
Abração e gratidão!
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