28 março 2009

Miríadaes de flores e perfumes





Agora é dar uma volta pela Reserva até o Rio das Furnas e ficar inebriado com as mais variadas flores e perfumes que chegam a entorpecer! Um predicado da Serra, que nos deixa cada vez mais apaixonados pela nossa terra! Imagina andar nas trilhas e ver milhares de insetos pululando de flor em flor, acompanhados de borboletas de tudo quanto é cor... Essa é a vida que todos queremos elevar ao eterno... pois que assim vá, perfumada, pontilhada de flores, borboletas, insetos e umidade, quer dizer: água, porque dar uma visitada no rio sempre deixa a gente um pouco cabreiro. É, a cada ano ele baixa um pouco e isso é chato, pois toda essa vida depende diretamente do rio, da água, dos vizinhos de cima, e mais acima, da consciência, da filosofia, do pequeno prazer de sentir os perfumes que nos cercam e isso tudo na boca do outono! É luxo puro!

25 março 2009

Capital das Nascentes em Biguaçu


Dia 20 de março aconteceu em Biguaçu o I Seminário Municipal de Valorização da Água, numa iniciativa da Fundação Municipal de Meio Ambiente de Biguaçu. A Reserva Rio das Furnas, o site Capital das Nascentes e a Prefeitura de AW foram convidados para participar da exposição que houve no pátio da Univali, parelelamente às palestras. Foram criados dois banners de 2,0 x 1,5 metros, patrocionados pela Prefeitura de Alfredo Wagner, que levaram muitas crianças e até pesquisadores a questionarem a existência de tão belas paisagens e tão variada fauna e flora em nossa cidade, o que não é novidade, pois sempre há questionamentos sobre o que existe por aqui. Dessa vez foi o caranguejo de água doce e o furão que chamaram mais a atenção. Para nosso deleite algumas pessoas chegaram até a tirar fotos com as cachoeiras de fundo, uma delícia! Para ver a matéria completa dê um pulinho em www.capitaldasnascentes.org.br

04 março 2009

Filhote de Tecelão


Nossa Alegria em ver um filhote nunca foi tão grande!
Durante os dias em que fiquei de campana para fotografar o tecelão do NEWS anterior, a cada instante havia um movimento, algo como uma ajeitada lá dentro, uma mudança de posição e o ninho balançava, mesmo quando não havia vento. A cada meia hora, aprox., a mamãe saía, ficava uns quinze a vinte minutos fora e retornava. Três dias depois da foto anterior, de volta ao meu posto, pois a intenção era fotografar o momento da saída do filhote, a alimentação, tudo enfim, estranhei a imobilidade. Fiquei parado duas horas e, nada! Dias seguidos e nada de movimento.
O que poderia ter acontecido? Tucano, gavião, uma cobra atacou o ninho? Ah, não que sejamos pessimistas, mas deveria ter um tempo onde o filhote ficaria lá dentro, protegido, e seria algo como alguns dias, daria tempo de fotografar, com certeza. O fato era que o ninho estava vazio e nós, preocupados.
Pesquisamos na literatura e na internet sobre o tempo de incubação do Tecelão, hábitos, etc e vimos que é pouco estudado, pois as informações não foram suficientes para entender o que poderia ter ocorrido a esta nova família, além da possível predação.
Dia destes apareceu um filhote de Tecelão meio grandinho para ter saído daquele ninho, mas adotamos a idéia de que pode ter sido de lá, apesar de haver outros ninhos, com certeza. Se você tiver alguma dica sobre os hábitos do nosso filhote, será muito bem vinda!
Este material virou um NEWS que enviei para nosso mailing e daí vieram algumas observações e uma, esclarecedora, do Vitor Piacentini, que está na Colômbia estudando as peles de Phaetornis para seu doutorado, veja só:
O tempo de incubação de um tecelão deve ser algo ao redor de 15 dias. A questão é saber se iniciaste as observações antes da postura ou depois. Uma vez nascidos os filhotes, estes devem ficar no ninho entre duas e três semanas. Se os pais pararam os cuidados com filhotes antes desse período, é porque foram predados ou morreram (chuva? frio? Parasitas?). O fato é que a taxa de sobrevivência de aves na natureza é muito baixa. Em zonas temperadas como os EUA, apenas 52% dos ovos de Turdus migratorius (American Robin) se tornarão filhotes em idade de sair do ninho; 10% apenas chegarão à idade adulta. Em aves tropicais a predação de ninhos tende a ser ainda maior. Assim, ver um filhote sair de um ninho é a exceção e não a regra.