16 dezembro 2011

Guia de Aves do Uruguai ganha fotos da Reserva


Acabo de receber pelo Correio um exemplar do Guía fotográfica Aves en el Uruguay y su distribución. Obra bilingue (espanhol - inglês) com quase 500 páginas editada por Alejandro Olmos e Sebastián Ávarez. Nossa participação neste belo Guia foi através de imagens solicitadas e cedidas gentilmente para completar aves que ocorrem no Uruguai, porém os autores ainda não haviam registrado em fotos.
Uma das espécies enviadas, Borralhara-assobiadora (Mackenziaena leachii), ganhou destaque nas primeiras páginas do Guia, por ser ave com registro recente para o Uruguai.


Parabéns aos editores e toda a equipe que realizaram uma bela obra, abrangente, que me parece ainda falta no Brasil. A distribuição da obra é do Jailton da USEB.

Recordo que um dos primeiros guias de aves que usei no inicio deste século foi Aves de Argentina y Uruguay, elaborado por Tito Narosky e Dario Yzurieta, que ainda encontra-se em uso por muitos ornitólogos sul-brasileiros. Somente ilustrado e com informações básicas.

14 dezembro 2011

Matéria no oeco.com.br: Aves de toda uma vida


Renato Rizzaro é designer gráfico e fotógrafo desde o final dos anos 70. Passou pela Folha, outros pequenos jornais e gráficas. Saiu de São Paulo em 1979 e criou uma agência de propaganda na Ilha de Santa Catarina nos anos 80/90. Em 98 conheceu Gabriela Giovanka, com quem comprou uma terra na Serra Catarinense em 2001 e transformou em RPPN. De lá pra cá, a Reserva Rio das Furnas tem sido modelo e inspiração para suas exposições e impressos, como o Guia/Cartaz de Aves da Floresta Atlântica, lançado também aqui pelo ((o))eco no ano passado.

As aves fazem parte de sua vida desde a infância, pois na sua casa, no Ipiranga, havia muitas frutíferas que eram plantadas pelo "dedo verde" de sua mãe, exclusivamente para os passarinhos. "Mamãe dizia que as frutas pra gente ela compraria, aquelas eram dos seus bichinhos. Colocava água, pão, milho picado, alpiste, tudo no quintal. Era aquela festança toda manhã, a alegria da rua! Nunca teve um passarinho na gaiola, pois dizia que se fosse para viver em gaiola passarinho não teria asa", lembra Renato.

Possui uma bela coleção de fotos de aves que busca em suas viagens e especialmente na Reserva, sua paixão. Eis algumas, para o deleite dos leitores de ((o))eco.

http://www.oeco.com.br/foto/25527-as-aves-de-toda-uma-vida

09 dezembro 2011

Sabiá-poca come chal-chal


Sabiá-poca (Turdus amaurochalinus - Creamy-bellied Thrush) alimenta-se dos frutos de chal-chal ou Fruto-de-pombo (Allophylus edulis - Sapindaceae) em 8 de dezembro de 2011 na Reserva Rio das Furnas. Póca vem do Tupi e quer dizer barulho.

Segundo o Wikiaves, o Sabiá-poca alimenta-se de invertebrados e pequenos frutos, principalmente no solo. Como outros sabiás, gosta de ciscar com o bico as folhas secas e escavar o chão. A cada movimento com o bico para a lateral, dá um salto para trás e fica procurando presas, imóvel por alguns segundos. Se nada aparece, salta para a frente, cisca e retorna à posição original. Quando os frutos das figueiras estão caindo no chão, concentra-se sob a árvore e farta-se.

27 novembro 2011

Nem toda serpente é venenosa!

Cobra d´água na mão da bióloga Elaine/USP
Philodrias Arnaldoii moradora do forro de nossa casa na Reserva
Perquenos detalhes fazem muita diferença quando o assunto é serpente.

Se matar é a primeira coisa que passa pela cabeça ao ver estas fotos, então este texto deve ser lido com atenção.
Algumas pessoas mudaram a forma de ver estes bichinhos, na região da Reserva Rio das Furnas. Bom, começa que toda serpente possui bactérias que podem agir numa mordida, como nos deixou bem claro Tobias Kunz, biólogo que desenvolveu seu TCC na Reserva.

O medo é o grande problema, a falta de conhecimento e muitos mitos, a começar pela cobra da Eva que povoa a imaginação dos cristãos de nossa terra.

Em mais de dez anos na Reserva, algumas serpentes foram mortas, no começo indevidamente, porém não precisaria


Elas mantem ratos, pererecas, sapos, baratas e outros animaizinhos sob controle, e as vezes até os visitantes indesejados, quando o recanto é conhecido como local de reprodução e preservação de serpentes.

Acontece que existe um ponto de equilibrio nesta história quando lagartos, gaviões e corujas entram em cena como controladores de serpentes, então conseguimos enxergar um universo menos conturbado, mais fluido e com menos interferência negativa, creio.

Do Tobias recebemos este email:

"São muito parecidas mesmo essas duas espécies, mas está certo. Só que apesar de que algumas espécies do genero Philodryas tenham um veneno fraco (provavelmente todas tenham), não existe nenhum relato de envenenamento pela P. arnaldoi e como informação para um publico leigo eu acho apropriado continuar tratando apenas viperideos (jararacas, cascavel, etc) e elapideos (corais) como venenosas. 
Eu aconselho que vc corrija a informação sobre a arnaldoi para não venenosa... até por que já fui mordido duas vezes pela Philodryas olfersi, que é a espécie do genero que tem sido considerada venenosa, sem nenhuma consequencia. 
Se começarmos a tratar cada espécie que tenha um minimo de toxina na saliva como venenosa vamos acabar incentivando ainda mais a matança..."

Segui o teu conselho, Tobias.
Abração e gratidão!




24 novembro 2011

Aves nas mãos da filha de Juscelino Kubitschek

Cesconetto, Serafim, Maristela, Renato e Gabriela no Badesc. Foto de Fifo Lima

Dia 23 de novembro de 2011 a noite fomos convidados pelo Charles Cesconetto a participar do lançamento do seu filme JK no Exílio na Fundação Badesc. Os ilustres convidados, a filha de Jucelino Mariestela Kubitschek e o presidente da Casa de Juscelino, Serafim Jardim, ganharam os dois tomos da belíssima obra Desterro, de autoria de Gilberto Gerlach e o Poster de Aves da Floresta Atlântica, de nossa autoria.
Para saber mais sobre o Poster: clique aqui

22 novembro 2011

Aves da Floresta Atlântica nas escolas de Biguaçu

Poster de Aves em boa mãos. Foto: Divulgação
No dia 16 de novembro de 2011, o Prefeito de Biguaçu, José Castelo Deschamps entregou a um diretor representante da Rede Municipal de Ensino da cidade um Poster de Aves da Floresta Atlântica.
Todas as 56 salas de aula do município terão um Poster emoldurado para os alunos poderem apreciar e conhecer a avifauna local.

Este Projeto, criado pela Reserva Rio das Furnas em parceria com a Famabi (Fundação Municipal de Meio Ambiente de Biguaçu), teve o apoio da Imobiliária Biguaçu e será implantado a partir do início do ano letivo de 2012. Abrirá com uma exposição fotográfica no Centro Cultural de Biguaçu, organizada por Henrique de Azevedo, e contará com 20 ampliações de autoria de Renato Rizzaro.

Na sequencia, uma série de palestras serão realizadas com apoio da equipe técnica da Famabi, nas escolas, tendo como tema central as Aves da Floresta Atlântica e a conservação ambiental.

Alfredo Wagner foi o primeiro município a ter o Poster em suas salas de aula com o apoio da Secretaria de Educação Municipal.

A Reserva Rio das Furnas manteve contato recente com a prefeitura de Rancho Queimado, que em breve também fará parte deste projeto, assim como outros municípios. A intenção é estar em todas as salas de aula do Estado, num primeiro passo e a seguir com a região Sul e afinal, estar em todas as salas de aula do Brasil.

A Reserva está a procura de parceiros para realizar este projeto.

17 novembro 2011

Puma concolor na Reserva Rio das Furnas, agora é!



Excelente notícia! Confirmada a presença de Puma concolor na Reserva. Dia 4 de novembro de 2011 as 17:40h. Um animal belo e saudável e, segundo o Luiz do Projeto Leão Baio, pode ser uma fêmea. Resultado da armadilha fotográfica, fruto da parceria com a SPVS, nos tem revelado ótimas surpresas e o Puma, a mais recente.
Assim fica registrado o movimento de um animal de grande porte, topo de cadeia alimentar, dentro do canyon da Reserva. O anterior, de um Puma concolor havia sido através de fezes secas há alguns anos, motivo pelo qual a principal trilha recebeu o nome de Trilha do Puma. Esta foto foi capturada do outro lado do rio da Furnas, longe da Trilha do Puma.
Temos vários registros nesse local, apelidado de Ponto da Capivara, aliás, bicho que nem deixou rastros e não apareceu mais, escafedeu-se, continua o mistério.

Foram registrados quatis, inhambús, iraras e uma série de animais que já fazem parte dos arquivos da Reserva: jacu, tatu, sabiá-laranjeira e saracura.

Veja outra matéria publicada sobre os Pumas na Reserva, clique aqui

29 outubro 2011

Elcio fala do Pantanal

Fizemos uma gravação com Elcio Rodrigues da Silva em 3 de outubro de 2011 no Ecologial Expeditions na beira do rio Abobral. Elcio "Pantaneiro", como é conhecido, nasceu em 12 de janeiro de 1971 em Corumbá. Sua mãe, Solane Fretes da Silva é Paraguaia e o pai Ramon Rodrigues da Silva veio de Cuiabá muito novo. Abaixo, alguns trechos dessa gravação.


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Alunos em saída de campo

 Após a Oficina de Educação Ambiental realizada em julho deste ano em Alfredo Wagner, Fabrício Basílio segue o Plano de Manejo da Reserva, com visitas vespertinas/mensais à Escola de Picadas. Na primeira saída, em agosto, 22 espécies de aves foram avistadas, agora em outubro, as crianças registraram quarenta!

Dessa vez, levamos quatro binóculos da Reserva (doações da RSPB/Ethne Conlin) e distribuimos o Guia que acompanha a Caixa de Aves da Fresta Atlântica, pois ali estão fotos de aves da região em que os alunos conhecem, vivem.

A atividade é aguardada com ansiedade. As crianças têm contato com guias de campo, equipamentos fotográficos, óticos, digitais, boa conversa... O resultado, segundo Fabrício, pode ser visto pelos desenhos e redações da turma.

A parceria com a SPVS, através do Programa Desmatamento Evitado, no qual a Reserva é adotada pela Souza Cruz, é responsável pela manutenção dessa atividade.

Gabriela/Reserva, Albertina/Secretaria de Educação de AW, Lucas/SPVS e a professora de Picadas, Beth

Nesse mês, uma novidade: Ricardo Gomes e Lucas Pontes, aproveitaram a visita de monitoramento à Reserva e trouxeram para a Secretária de Educação de Alfredo Wagner, Albertina Rover, 30 kits do Clube da Árvore. “Material muito utilizado pelos alunos da Escola de São Leonardo”, enfatizou a professora Beth, transferida para Picadas, junto com os alunos, quando a escola foi desativada no início deste ano.

26 outubro 2011

Pica-pau dormindo com Mutum


Pois lá no Camping do Aguapé (Aquidauana, Pantanal), na beira do rio Aquidauana, não é que tem um pica-pauzinho falante? Esperto e com o cérebro calibrado para os impactos das perguntas dos visitantes, o pica-pauzinho sempre tem uma resposta pra tudo, e se não tem resposta tem pergunta ou observação afiada ou história, sempre atento e super expontâneo.

Estavamos com o Guia de Aves da WWF aberto quando a Gabi perguntou a ele: Você conhece o Mutum? O Lucas (Pica-pau) apontou direto pro Mutum e lá veio história: Sabia que os mutuns vieram morar comigo? Tinham dois mutuns que começaram a dormir na minha cama, sabia? Acontece que eles foram se ajeitando, se ajeitando, tomando espaço e quando vi já estava encolhidinho num canto. Aí eu mandei os mutuns embora, porque ficar encolhidinho não dá...




19 outubro 2011

Aves da Floresta Atlântica voam ao Pantanal

Rio Abobral, uma das prinncipais artérias do Pantanal.

Sabe um daqueles sonhos que a gente gostaria de sonhar para sempre? O Pantanal é assim grande: deslumbrante, exuberante, fantástico, encantador. Frágil, é uma das maiores áreas inundáveis do mundo. Cercado de monoculturas e problemas, como o assoreamento de seus belíssimos rios. Assunto que está rolando por todos os cantos, é só pesquisar. 

Daqui há pouco teremos tempo pra contar dos passeios e amigos. 
Agora, a vivência com crianças e Círculos de Aves da Floresta Atlântica: festa no Pantanal!

Toyota-dois-em-um

Na primavera de 2011, preparamos a Casamóvel para caminhos pantaneiros incríveis.
O freio ter pifado em Bonito foi um aviso dos céus: revise sempre as pastilhas... E toca que o mundo é grande!

Walkiria e sua turma no Familia Legal, Bonito.

Na bagagem, fotos e guias da Reserva Rio das Furnas, Poster de Aves da Floresta Atlântica, uma flauta de bambu e a Caxola, que, assim como nós, esteve pela primeira vez no Mato Grosso do Sul e voltou destrambelhada, porém feliz.

Rapidinho viraram uma caixa do avesso e táva lá: o inesquecível Jacaré, encantado com a Caxola e tudo!

Pantanal: 656 espécies de aves, avistadas aos milhares

Patrimônio Natural e Reserva da Biosfera pela UNESCO, o Pantanal é uma planície sedimentar, com inundações periódicas, localizado no centro da América do Sul, com cerca de 147 km2, integrando a Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai, que ocupa aproximadamente 500 mil km2 e é compartilhado pelo Brasil, Bolívia e Paraguai.

A sorridente Arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus), ameaçada de extinção...

É considerado uma das vias mais importantes para as aves migratórias dos hemisférios Norte e Sul. Segundo dados da WWF World Wide Fund For Nature, o Pantanal possui 263 espécies de peixes, 122 espécies de mamíferos, 93 espécies de répteis, 1.132 espécies de borboletas e 656 espécies de aves.

O mundo das Aves

Antonio Carlos Candido, Siro e Jô em Bonito; Seu Antonio Paraguay em Bodoquena; Fabiano da Pousada Aguapé em Passo do Lontra e o Élcio Pantaneiro, no Rio Abobral, nos guiaram por lugares emocionantes. Muita imagem na memória. Nossa ideia é circular pelo Continente das Aves e das Crianças.

O simpático Tuiuiú (Jabiru mycteria), ave símbolo do Pantanal coroado de mutuca.

Está formada a de Rede de Amigos do Pantanal

Através da web conhecemos amigos que nos receberam com carinho. Nossas atividades com as crianças fluiram que foi uma beleza!

Os primeiros contatos foram com os biólogos e ornitólogos Daniel de Granville e Tietta Pivato, em Bonito. Nos encaminharam até o Instituto Familia Legal, coordenado pela Walkiria e uma equipe de professores que atendem dezenas de crianças de 6 até 15 anos no contra turno escolar, com atividades educacionais, culturais e esportivas, além de jovens e adultos em projetos de qualificação profissional e de geração de renda.

O Instituto Familia Legal está na reta final do grande prêmio Itaú-Unicef. Vamos torcer para que consigam ganhar, pois o trabalho deles é imprescindível para o futuro de Bonito.

Siro e Jô tratam de recuperar um casal de araras-canindé (Ara ararauna)

Conhecemos um dos fundadores da SPVS Ronald Rosa que dirige a Brazil Bonito, ONG que desenvolve ações com escolas e moradores de Bonito: Educação Ambiental, Papel Reciclado, Artesanato. Ponto de Cultura.

Tucanuçu, onça, tamaduá: mimos costurados à mão.


Edson Endrigo deu a pista para o Buraco das Araras e Pousada Aguapé. Renato Grimm - que esteve no Pantanal um pouco antes - falou dos atalhos, estradas e desvios. João de Deus, Miriam e Wigold Prochnow, enviaram contatos na Serra da Bodoquena.

Na Serra da Bodoquena

Depois de Bonito, rumamos para Bodoquena no dia 29 de setembro, onde fomos recebidos pela Dona Edir (dica do Siro Sirgado e da Joelma Vargas - Abaetecotur e Casa das Araras) que nos encaminhou ao Projeto Aroeira, onde nossas aves circularam entre crianças animadas que foram convocadas de última hora, numa tarde ensolarada.

Alunos de Bodoquena com Luciana, coordenadora do Projeto Aroeira

Neste local, voluntários oferecem cursos para adolescentes e mulheres. Vimos uma porção de taboas secando para a confecção de bolsa, tapete, aparador de panela...

Dona Edir, arte Kadiweu e Luciana

Moinho Cultural em Corumbá


Ficamos hospedados no Moinho Cultural, a convite de Viviane Fonseca Moreira, Bióloga e Gestora do Setor de Meio Ambiente do Instituto Homem Pantaneiro.

Num antigo moinho no Porto Geral de Corumbá, recuperado e transformado em Ponto de Cultura, fizemos nossa Roda de Passarinho entre ensaios de bailarinos.

Bailarinos no Moinho Cultural

Escola Jatobazinho


A aventura final aconteceu no rio Paraguai, onde subimos quase 100km de barco, a convite do Instituto Homem Pantaneiro e do Acaia Pantanal, um toque do Daniel de Granville.

Roda de Passarinho no pomar da Jatobazinho. Mais alémmm!
Tivemos sorte, pois nossa visita coincidiu com a volta às aulas. Muitas rabetas enconstaram no porto do Jatobazinho com famílias inteiras trazendo seus filhos para a escola. Ares de despedida, rever amigos de sala, de quarto, professores amigos, merendeiras, toda uma equipe preparada para mais uma jornada de aulas.
Também ouvimos histórias e depoimentos intensos de ribeirinhos e moradores da região do Payaguás, que nos confessaram estarem preocupados com o assoreamento deste rio e com a invasão de jacarés e a morte lenta de árvores que necessitam do ciclo das águas que foi interrompido há anos justamente por conta do tal assoreamento.
Poucos são os que tem acesso ao estudo, pois Corumbá pode estar até a 3 dias de barco de suas casas, o que inviabiliza o aprendizado. Seu Ruivaldo Nery de Andrade é um dos poucos que conseguiu completar o segundo grau. Poderia ter seguido o estudo mas preferiu cuidar da Fazenda Mutum, agora na terceira geração. "Não saí daqui porque apareceu a Escola Jatobazinho, senão teria ido embora para dar estudos aos meus filhos", nos disse o Seu Ruivaldo.
É dele a preocupação com o fim do Pantanal: "Fazem muito anos, acredito que cinco, que as águas permanecem a 5 centimetros do solo seco. Isso provoca uma modificação muito forte no ambiente, porque as árvores nativas deixam suas sementes cair para que, na época da seca brotem, mas com água por cima isso fica inviável. Outra coisa é a procriação de jacarés. Como vivem tanto no seco quanto no molhado e com a caça proibida, há uma invasão de jacarés, o que também modifica tudo ao redor."

Escola Jatobazinho

Em 2006, com o objetivo de criar uma área de preservação ambiental no entorno da lagoa Baía Vermelha, em Corumbá, Teresa Cristina Ralston Bracher adquiriu as áreas das fazendas das margens. Mas percebeu que muito mais poderia ser feito para o desenvolvimento socioambiental da comunidade do entorno. Em 2009, inciaram-se as atividades da Escola Jatobazinho em parceria com a Secretaria de Educação do Município de Corumbá.

Com o apoio da OGX, do grupo EBX, foram realizadas reforma e adequação das instalações da antiga pousada e com o apoio da Participações Morro Vermelho, foi financiado o projeto pedagógico. A assessoria pedagógica desenvolvida inicialmente pelo Instituto Singularidades passou, a partir de setembro de 2009, contar com o programa Educa+Ação da Fundação Bradesco.

Pais, alunos, professores, colaboradores e visitantes na Jatobazinho: belo e raro momento.

A Escola Jatobazinho oferece classes de aceleração do Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano. Também em 2009, o Acaia Pantanal elegeu um representante no CMDCA – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Corumbá, início de sua atuação para o fortalecimento de políticas públicas para a criança e o adolescente, ampliado depois na atividade Relações com a Comunidade, que inclui ações de saúde e cidadania e apoio socioeducativo a ex-alunos.

Hoje, a escola funciona em sistema de internação e dá assistência completa para 39 crianças, sendo que a maioria não teria outra opção de estudo, pois alguns moram a dois dias de viagem rio Paraguai acima.

De rabeta pelo rio Paraguai. Até dois dias para chegar à Jatobazinho

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Abaixo, matéria publicada por Patrícia Zerlotti - Fundação Neotrópica do Brasil


Observadores Mirins demonstram conhecimentos sobre aves

Os alunos do Instituto Família Legal de Bonito, MS, surpreenderam o casal Gabriela e Renato Rizzaro durante uma atividade de educação ambiental, ligada a observação de aves, realizada no dia 26 de setembro.

No exercício, cada criança recebeu uma foto de uma ave e depois, juntos, eles verificavam qual a percepção da criança em relação as características da ave.

O casal ficou surpreso com a reação das crianças. Segundo eles, os alunos do Instituto responderam de forma excepcional à atividade, demonstrando grande interesse pelo tema, identificando alguns dos pássaros e até arriscando dizer o que eles comiam com base nas características do bico.

Gabriela e Renato são proprietários e administradores da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Rio das Furnas, localizada em Santa Catarina. Eles possuem experiência em trabalhar com crianças, desenvolvem várias atividades de educação ambiental, principalmente, ligadas a observação de aves.

Para Marja Milano, bióloga da Fundação Neotrópica do Brasil, a excelente participação das crianças na atividade só vem comprovar que o trabalho realizado pela equipe da organização através do curso "Observadores mirins de aves da Serra da Bodoquena", do projeto Ecologia e Conservação dos Psitácideos no Parque Nacional da Serra da Bodoquena, conseguiu atingir seu objetivo.

Este resultado também é “um grande estímulo para continuarmos o trabalho em 2011 e 2012”, ressalta Marja. As ações de sensibilização e educação ambiental com os alunos do Instituto Família Legal terão continuidade através do projeto apoiado pelo Instituto Oi Futuro, em parceria com a Fundação Neotrópica.

09 setembro 2011

Memória da Reserva em cromos 35mm

Gabi no sótão, antiga moradia de cobras e ratos. Hoje é o nosso quarto
O lado leste da casa era o mais deteriorado.
Telhado torto: endireitado com a ajuda de corda e Toyota
Essa vista está totalmente tomada pelas árvores, hoje.
O velho rancho de cebolas, quase caiu antes da reforma, mas está lá!

04 setembro 2011

De Constelação a Filtro de Amor


Enyalius em grego significa belicoso, habituado à guerra, furioso. Por causa do comportamento, nosso lagartinho ganhou este nome, mas é inofensivo, não possui veneno.

Como escreveu Eurico Santos: esperto e sabidório, vive nas árvores que pendem para os cursos d’água e lagoas e aí se queda imóvel e dissimulado. Caça em botes certeiros e de incrível rapidez. Se alguém aproxima-se, deixa-se cair n’água e desaparece.

Suas virtudes de caçador, paciência na tocaia, certeza de pontaria, esperteza de fuga, granjearam admiração de todos observadores. Assim, devia possuir a proteção dos gênios benfazejos. Naturalmente, quem lhe comesse  a carne participaria das virtudes que ela deveria encerrar (!). Por esta razão, índios usavam para filtros amorosos (ainda hoje, lagartixas são usadas por caboclas que suspeitam da fidelidade de seu amante). Um dedo do bichinho na ponta da flexa, jamais erraria o alvo.


Transformou-se em constelação para alguns índios da Amazônia, pois o sáurio foi aos céus a convite de Tupan, para uma festa. Ao fim, como gostou do lugar, ficou estático, quieto e dissimulado, de forma que passou despercebido e está lá até hoje, com o nome de Tamacuaré, na Cassiopéia.


Stradelli diz que os índios abrem nas suas inscrições rupestres um largo traço, mais grosso numa extremidade, cortado por duas linhas transversas. Tal hieróglifo assinala o mirífico lagartinho. Na proa de embarcações amazônicas tal figura evoca a virtude do tamacuaré em voltar à tona, caso afunde.


Endêmico da Floresta Atlântica, passou a ser conhecido como camaleão por mudar a cor tal qual o original africano.

Será que o texto aqui transcrito refere-se a outra espécie?

Que nos corrijam os biólogos e poetas.

Leiosauridae
Camaleão (Enyalius iheringii)
Fontes: Eurico Santos, Zoologia Brasílica, 1981. Sazima & Haddad, 1992.
Photo e texto: Renato Rizzaro

17 agosto 2011

Biodiversidade na Caixola da galera

PETI de Alfredo Wagner
Há tempo,  distribuímos as primeiras Cadernetas de Campo com fotografias de aves para os alunos da Escola de São Leonardo. Em 2007 resolvemos desenvolver um mapa com música. Adaptamos, numa música do Tom Zé, o refrão, que dizia: Mapa com música é muito bom, então, mão na massa! A letra propunha o que  poderia ser feito com um mapa: indicar uma casa, mostrar os rios, árvores, pontes, o nascente, o Cruzeiro do Sul...

Apresentamos a bússola, apontamos o Norte e incentivamos para que desenhassem passarinhos - no local onde apareciam - diretamente no mapa.  Repleto de informações, este mapa foi utilizado durante aquele ano como gerador de discussão nas atividades desenvolvidas na escola, pois as crianças sempre acrescentavam novidades ao mapa e nos questionavam muito. Foi ótimo!
No final do ano propusemos, também voluntariamente, desenvolver alguma atividade  no PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) em Alfredo Wagner.

Iniciamos com a confecção de flautas de bambú e logo fizemos uma primeira “Apresentação” e, tempos depois, um “Concerto”. Tudo aconteceu em clima de pura improvisação, muito proveitosa, por ter criado uma perspectiva absolutamente informal, tanto na música, quanto na proposta de Educação Ambiental. O resultado dessa atividade, literalmente, caiu do céu.

Após o “Concerto”, na hora do lanche, as crianças iniciaram uma conversa sobre aves. Havia ninhos de corruíra e andorinha no teto e alguém perguntou se a gente sabia de quem eram aqueles ninhos. A curiosidade cresceu e a roda estreitou para ouvir o que sabíamos sobre aves, mamíferos, insetos,  plantas...
O interesse foi tamanho, o dia findou e ficamos de voltar, em breve, com uma caixa cheia de aves. Estava atiçada a curiosidade da galera.

Férias, reuniões e compromissos depois, lá fomos nós com uma idéia na caixola.
Para apresentar a Caixa de Aves, criamos uma dinâmica especial. Numa roda, com vinte crianças e   dois monitores, as fotos circularam de mão em mão até dar a volta completa.

Lançou-se um tema: Quem conhece a foto que tem na mão? Abrimos o papo por aí, de modo que a foto na mão  pudesse “falar” através da pessoa, como se fosse um fantoche. Esta pessoa puxava  outra,  que também reconhecia o que tinha em mãos e o assunto fluiu. Formaram- se grupos com aves do mesmo  gênero, família, estrato e hábitos.

Criávamos pontes entre os temas, o que despertava o interesse para o próximo assunto. Quando a conversa esfriava, fazíamos uma rodada de novas fotos; assim, a brincadeira durou duas horas. Conversas  paralelas eram incentivadas e havia situação em que um passarinho chamava a atenção  de todos. Era a oportunidade de explicar o máximo possível, porém, sem deixar as crianças dispersarem, a tarefa mais difícil.

A surpresa da  atividade ficou por conta de um pica-pau-de-banda-branca, que resolveu aparecer AO VIVO, do nosso lado. Um momento mágico!

Após o lanche, outra surpresa: surgiu a tal da Caixola, em pessoa! Aí, sim, um fantoche de verdade, que distribuiu uma foto para cada criança, agradeceu e prestou muita atenção aos comentários,
alguns  profundos, sobre  a atividade com a passarada.

Estagiários, a diretora e a merendeira também ganharam fotografias da Caixola.

O interesse pela  biodiversidade despertou quando ouvimos, dos pequenos, que sem mato não tem passarinho, nenhum bicho, nem água, nem nada. Colocamos o presente nas suas mãos.

Escola de São Leonardo em agosto de 2008

La tierra de los pajaritos pintados


Uruguay, Escola Rural de Colonia Wilson, julho 2010.

As aves viajam sem fronteiras. Encontram poucas pessoas ao seu lado, enquanto persiste a luta infame entre homem e Natureza.
Depois de Riviera, Tacuarembó, Paysandu, Fraybentos, Rosario, estacionamos numa Colonia de Pescadores. Vizinhos, sacamos da flauta de bambu e nos convidaram para um mate. A Caixa de Aves foi aberta e circularam fotos à luz de gerador. Belos olhos e sonhos naquela noite.

Dia seguinte fomos na Escolinha Rural, onde los pajaros pintados voaram nas mãos da garotada.
Ensinamos e aprendemos os nomes, as cores e os hábitos dessa bicharada. Sabiá, lá, é Zorzal; João-de-barro, Hornero; Tia-chica é o Rey del Bosque. Cada criança ganhou uma foto e nós ganhamos um bando de amigos.

Três dias após, paramos em Laguna de Rocha, onde conhecemos Carlos Calimares e Néstor - Pajaro Loco -, guarda parques que investem a vida na preservação de milhares de hectares das lagunas, refúgios e criadores de garça-moura, ema, cegonha, colheireiro, cisne-de-pescoço-negro, tainha, peje rey, capivara e caçadores. Todos na mesma red.


10 agosto 2011

Pumas na Reserva


A imagem é de arrepiar.
Após registrarmos um tanto de tatú, jacú e saracura; dois graxains, furões e outros desavisados que passaram na frente da nossa câmera indiscreta, resolvemos mudá-la de lugar e voilá: um Puma.
É uma emoção tão forte que a gente esquece de geada, chuva, lua cheia... O fato coincidiu com a visita de monitoramento do Flávio e do Lucas, da SPVS. Tivemos o prazer de vibrar juntos com o registro, até então, de um Puma.
Levaram a foto num pen-drive para o Luiz Guilherme, do Instituto Serrano, em Urubici, que estudou o assunto e deu a resposta: não é Puma concolor, mas é Puma yagouaroundi, um Gato-mourisco.
O Luiz já havia falado sobre as fêmeas do Puma concolor, que certamente estariam presentes em nossa área, pois procuram canyons para procriar ou deixar seus filhotes para adaptarem-se à vida solitária, justamente nessa época do ano. Fezes foram coletadas na Reserva, vai daí...
Ainda sobre o concolor, porque tem cor igual ao do veado, os Tupi chamam Sussuarana. Para os franceses é Cougar.
Ocorre desde o Texas, Arizona, Sudoeste dos EUA, Califórnia, Flórida, Nicarágua, Peru, Bolívia, anda por quase todo o Brasil, desce pela Patagônia chilena, atravessa a Argentina, beirando os Andes até quase chegar a Terra do Fogo. 
Mede de 86cm a 1,50m e o rabo vai de 60cm a quase um metro. Pesa entre 30 a 70kg e excepcionalmente, pode chegar a 120. Quilos!
Abriga-se em cavernas, fendas em rochas e galhos. Ágil, cansa com facilidade e foge do homem. Vive em torno de 12 anos e precisa de uma área entre 83 a 600km2.
O Gato-mourisco é menorzinho, entre 83 e 128cm e pesa de 3 a 9kg. Por incrível que pareça, mais raro do que a Sussuarana por estas bandas, segundo Luiz Guilherme.
Habita bordas de floresta, capoeiras e capões, onde prefere ficar perto de rios, lagos e banhados. Está em casa.
Come roedores, lebres, gambás, macacos, além de artrópodes, aves, répteis, anfíbios e peixes.
Sua distribuição geográfica é semelhante ao da Sussuarana, ao contrário dos hábitos, que são diurnos/crepusculares.
Nossa certeza na preservação da Reserva, aumento da área de RPPN, abertura a pesquisas, criação de corredor ecológico e o Parque no Alto da Boa Vista, ganha força expressiva com esta aparição.
Mesmo não sendo uma foto de Sussuarana arrepia menos, mas que arrepia, arrepia...

(Clique aqui e veja matéria posterior a essa, onde foi registrado o Puma concolor)

28 julho 2011

Oficina de Educação Ambiental em Alfredo Wagner


 
Na Escola Balcino, em Alfredo Wagner, 30 professoras participaram da movimentada Oficina de Educação Ambiental promovida pela Reserva Rio das Furnas em parceria com a SPVS - Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental.

Os dias 18 e 19 de jullho, iluminados pelo sol, entraram para a história da cidade, com o casal Fabrício e Fernanda orientando as atividades. Geógrafos formados pela UFSC, passaram um tempo em Mont­pellier, França, onde estudaram Ecologia.



Com as professoras, repartiram suas experiências e teceram informações sobre Leis, Florestas, Biodiversidade, Água e Mudanças Climáticas; distribuiram fotos, sementes enigmáticas, até fizeram as professoras equilibrarem pregos para comprovarem que nada é impossível.

Teoria e prática foram temperadas com atividades lúdicas que culminaram com uma saída de campo no Parque Municipal onde alguns escorregaram em trilhas, outros viram pica-pau-dourado, galinha-d’água e observaram bichos.

Todas preencheram questionários e revelaram ter capacidade de participação além das expectativas, porém lamentaram o lixo, descaradamente espalhado pelo caminho. Aliás, fizeram questão de tirar uma foto em protesto pela falta de respeito com a paisagem.

Desmatamento Evitado


Florestas de araucária, reduzidas a invisíveis pontos azuis num mapa apresentado por Flávio Krüger, da SPVS, entristeceram o grupo.
A seguir, a apresentação do Projeto Desmatamento Evitado trouxe alento por adotar remanescentes e potenciais áreas de recuperação, como é o caso da Reserva Rio das Furnas.

A Oficina teve apoio da Secretaria de Educação, que aproveitou a capacitação das merendeiras na mesma Escola e serviu lanches e almoço a todos os participantes.

Conclusão unânime da turma: dois dias é pouco.
Para um município rico em biodiversidade e importância pra lá de comprovada como manancial de uma das maiores populações do Estado (Bacia do Itajaí), todas ficaram ansiosas por mais informações para repassarem aos seus alunos, com razão querem mais.

Fabrício orientará a Escola de Picadas, mensalmente, até o final deste ano, numa primeira fase, conforme o Plano de Manejo da Reserva. Depois, pensa-se num contato com a Eco-Ecole. E, vamos nós!

Parabéns a todos os participantes!




O Guia utilizado nesta Oficina, uma compilação de diversos autores, está disponível aqui.

23 julho 2011

Uma foto da Ilha do Rio das Furnas


Julho, cheio de chuva e poucas saídas de campo. Só pra verificar as armadilhas fotográficas. Teve um dia que não resisti e saí pra dar uns clics com tripé e tudo. Olha só a imagem que encontrei na Ilha do Rio das Furnas. Apaixona cada vez mais essa Reserva...

22 junho 2011

O enigma da Capivara





















Família: Rodentia
Nome científico: Hydrodhoerus hydrochaeris

Equipamento Bushnell adquirido através do Programa Desmatamento Evitado - SPVS.

Logo na primeira vez que instalamos a armadilha fotográfica na Reserva aparece novidade.
Debaixo da araucária, cinco urús comendo pinhão; noutra, uma gralha-azul no solo; depois, duas iraras e, no mais, retratos de tatú e saracura de todos os ângulos.
Agora, Capivara foi demais!
Conhecemos de perto este animal e não passaria despercebido nas andanças pela Reserva, porém...
Em seguida vai o email do Tobias Kunz, biólogo que há alguns anos pesquisou as serpentes na Reserva e mantemos contato direto:

“O Cherem disse que quando fez o levantamento para o EIA da usina eólica Alto da Boa Vista, a capivara foi citada em entrevista por moradores, portanto não seria uma novidade para a região. Também pensei que aí no alto não seria muito provável ter capivara mas na real esses bichos estão por tudo e mesmo grandes, não são tão fáceis de serem vistos (mas os “vestígios” sim). É aquela coisa, sem caçadores na Reserva, devem começar a aparecer mais... Mas não me parece que isso possa ser um problema, esses bichos certamente se deslocam muito além da Reserva e portanto continuam sendo caçados em outros lugares. A falta de predadores, portanto, é de certa forma compensada, se bem que puma ainda tem por aí.
Outra coisa é que as pessoas em geral pensam que o excesso destes animais (assim como de jacarés em outras regiões) é algo fora do normal, mas capivaras e jacarés são abundantes em ambientes preservados, mesmo onde ainda há predadores, como no Pantanal, por exemplo, onde não falta onça. Aqui no manguezal do Itacorubi o pessoal começou a se assustar ao ver alguns jacarés amontoados na frente do Shopping Iguatemi, mas não tem absolutamente nada fora do normal, o que aconteceu é que ali ninguém caça e não é do feitio deles serem medrosos.” 



É o maior roedor existente, primo do rato, chegando a medir 1,30m, aprox. 50cm de altura e pesar até 100kg.
Hydrochoerus significa porco d’água. A designação vulgar “capivara” é de origem Tupi-guarani: caapi, capim, e uaára, comer, o que significa comedor de capim.
Herbívoro generalista de hábito semi-aquático, ocorre na América Central e do Sul, do Panamá ao Nordeste da Argentina.
É um animal social, vivendo em grupos territoriais, formados por um macho dominante, várias fêmeas, jovens e subadultos. Tem alta capacidade reprodutiva e baixa exigência quanto ao habitat, mas precisa de banhados para viver.
Estudos realizados na Ilha de Santa Catarina indicaram que as capivaras já faziam parte da cultura dos povos daquela região há milhares de anos.
Agora é ficar atento aos vestígios e começar a estudar os hábitos destes novos moradores da Reserva. Que tal?



Acima: Iraras (Eira Barbara); abaixo, cinco urús (Odontophorus capueira) comem pinhão


14 junho 2011

Caixa de Aves da Floresta Atlântica





















Caixa de Aves exclusiva, numerada, confeccionada com retalhos de madeira.
Para cada Caixa que você adquire uma árvore é plantada e já temos muitos cedros (Cedrela fissilis) brotando no chão da Reserva.
No interior da Caixa você tem 68 fotografias originais com a chancela da Reserva e mais um Guia impresso com as aves que estão nas fotos para orientá-lo em Inglês e Português. Neste Guia existe uma pequena descrição da ave, com familia, nome científico e tamanho em centimetros.
Trabalho minuciosamente realizado e revisado com apoio técnico-científico do IPA/FURB - Instituto de Pesquisas Ambientais da FURB/Blumenau.

Para adquirir a Caixa de Aves, basta fazer um depósito de R$ 200,00 no Banco do Brasil, Agência 1383-8 em nome de Renato Rizzaro e envia para o email riodasfurnas@gmail.com.br os dados para envio.
As despesas de Correio são por nossa conta.

Detalhes em www.riodasfurnas.org.br na imagem da Caixinha em baixo a esquerda
Presentinho bem bacaninha, de onde sairam as aves do Cartaz de Aves da Floresta Atlantica.